O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (25) uma ordem executiva que estabelece as regras para a venda do TikTok no país, em cumprimento à lei americana que proíbe aplicativos controlados por adversários estrangeiros.
A medida dá 120 dias para que a operação de transferência seja concluída. O plano prevê que investidores americanos assumam o controle majoritário da plataforma, enquanto a chinesa ByteDance ficaria com menos de 20% das ações. O valor estimado da nova entidade, chamada provisoriamente de TikTok US, é de cerca de US$ 14 bilhões.
Estrutura do acordo
Entre os investidores citados estão a Oracle, a Silver Lake e o fundo MGX dos Emirados Árabes Unidos. A ordem determina ainda que os dados dos usuários americanos e o algoritmo de recomendação da rede social passem a ser controlados dentro dos Estados Unidos, reduzindo a influência chinesa.
Trump afirmou ter discutido o acordo diretamente com o presidente chinês Xi Jinping, que teria dado anuência ao plano.
Pontos de atenção
Apesar do avanço, o processo enfrenta desafios:
a necessidade de garantir independência total do algoritmo;
a aprovação final da China sobre os termos da venda;
e a fiscalização de parlamentares americanos, que prometem analisar se a transição cumpre de fato os requisitos de segurança nacional.
Impacto global
O desfecho do caso pode servir de precedente internacional para outras plataformas controladas por grupos estrangeiros. Para especialistas, o acordo entre EUA e TikTok poderá influenciar debates sobre soberania digital, privacidade de dados e regulação de redes sociais em todo o mundo.
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