A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, anunciou a detenção de um militar afecto ao Comando do Exército em Maputo, acusado de liderar o chamado grupo 15, uma quadrilha suspeita de realizar diversos assaltos violentos em diferentes bairros da cidade.
Segundo o porta-voz da PRM em Nampula, Dércio Samuel, a operação policial resultou também na neutralização de seis membros do grupo, envolvidos em pelo menos seis assaltos a residências e a uma mercearia localizadas nas zonas de Mutava-Rex e Nampaco.
“Este grupo vinha protagonizando roubos agravados com recurso à violência. Num dos casos, um dos assaltantes feriu gravemente o proprietário da residência, atingindo-o no olho. Foi neste momento que a polícia conseguiu neutralizar o indivíduo, o que abriu caminho para desmantelar os restantes integrantes”, explicou Samuel.
O porta-voz demonstrou preocupação pelo facto de um militar estar associado ao grupo criminoso, sublinhando que se trata de alguém que devia garantir segurança, mas acabou a enveredar pelo crime.
“Estamos diante de alguém que devia proteger, mas enveredou pelo crime. Vamos continuar a trabalhar até responsabilizar todos os integrantes”, acrescentou.
Militar nega acusações
O detido rejeita qualquer envolvimento nos assaltos e afirma ter sido preso injustamente.
“Eu só proibi jovens de jogarem batota em frente da minha casa. Houve discussão, parti um tabuleiro de ludo e depois começou a confusão. Isso de dizerem que sou chefe do grupo 15 não é verdade”, declarou.
Grupo 15 continua activo
Apesar das detenções, a PRM confirma que alguns elementos do grupo permanecem em actividade, salientando que as investigações continuam com vista ao desmantelamento total da quadrilha, considerada uma das principais ameaças à segurança na cidade de Nampula.
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