Um cidadão queniano, identificado apenas como Evans, relatou ter sido recrutado à força pelo exército russo após uma visita à Rússia. Ele afirmou que viajou para o país como turista, mas, ao final da estadia, foi abordado por um indivíduo que lhe ofereceu um emprego e pediu para assinar documentos em russo.
Sem compreender o conteúdo, Evans assinou os papéis, que posteriormente descobriu serem um contrato militar. Após uma semana de treinamento básico, foi enviado para a linha de frente na região de Kharkiv, onde se rendeu às forças ucranianas.
Em seu depoimento, relatou: “Disseram-me que ou lutava por eles ou seria morto”. Após ser libertado, expressou seu desejo de não retornar à Rússia: “Para a Rússia, não. Para qualquer país, mas não para a Rússia. Morrerei lá”.
O caso destaca uma prática crescente da Rússia de recrutar estrangeiros, especialmente de países africanos, para combater na guerra contra a Ucrânia. Estudos indicam que entre 2023 e 2024, mais de 1.500 estrangeiros foram alistados, sendo 72 deles africanos. Entre os atrativos estão promessas de cidadania russa e incentivos financeiros.
Além disso, há relatos de mulheres africanas sendo exploradas na Rússia, trabalhando em fábricas de armamentos utilizados na guerra. Elas foram atraídas com promessas de educação e emprego, mas acabaram forçadas a trabalhar em condições precárias.
Esses episódios levantam preocupações sobre a exploração de cidadãos africanos na guerra da Ucrânia, evidenciando a necessidade de vigilância internacional mais rigorosa e medidas para proteger os direitos humanos.
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