Revolta em escola de Nampula: vandalismo após cobrança controversa de taxa para avaliações

 

Estudantes e encarregados de educação destroem instalações da Escola Secundária de Cossore em protesto contra cobrança de 70 meticais por folha de prova.

A Escola Secundária de Cossore, localizada na cidade de Nampula, norte de Moçambique, foi palco de um episódio de vandalismo nesta quinta-feira (31), protagonizado por alunos e encarregados de educação em resposta à cobrança de uma taxa considerada abusiva para a realização das provas trimestrais.

Segundo informações divulgadas pelo Jornal Rigor, o foco da revolta foi a exigência de 70 meticais por estudante para cobrir os custos das avaliações. A tensão aumentou drasticamente quando a direcção da escola informou que as provas seriam realizadas em folhas simples de papel A4, cujo custo no mercado local gira em torno de apenas 2 meticais por unidade. A diferença entre o valor cobrado e o custo real do material gerou forte indignação entre os estudantes e seus encarregados.

Em resposta ao que consideraram exploração, os alunos iniciaram actos de destruição no recinto escolar. A situação agravou-se com a adesão de alguns pais e encarregados de educação ao protesto, tornando o cenário ainda mais caótico.

Portas foram arrancadas, quadros danificados e janelas quebradas durante os distúrbios. Diante do agravamento da situação, a Polícia da República de Moçambique (PRM) foi acionada e permanece no local para controlar a agitação e proteger a integridade da infraestrutura escolar.

Este episódio chama a atenção para a crescente tensão entre as comunidades escolares e as administrações educativas em Moçambique, especialmente em contextos de falta de transparência na gestão dos recursos e da ausência de diálogo eficaz com os encarregados de educação.

Contexto e consequências

A situação também levanta questões sobre a gestão de fundos nas instituições públicas de ensino e o papel do Estado na fiscalização dessas cobranças. Muitos pais questionam se os valores exigidos são justificados e se há prestação de contas por parte das direcções escolares.

Autoridades distritais da Educação ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso, mas espera-se uma investigação para apurar responsabilidades e restaurar a confiança da comunidade na administração da escola.

Enquanto isso, a comunidade de Cossore aguarda soluções concretas e o restabelecimento da normalidade no processo educativo.

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