O vice-comandante da Polícia da República de Moçambique (PRM), Aquilasse Manda, anunciou que serão expulsos os agentes envolvidos no caso que resultou na morte de um menor em Bobole, distrito de Marracuene, após uma perseguição considerada ilegal.
Falando esta sexta-feira, na província de Gaza, Manda confirmou que decorrem investigações criminais e disciplinares contra os membros da corporação que violaram as normas de atuação. “Quem deve mandar parar a viatura é o agente especializado. Infelizmente, alguém entendeu que deveria quebrar essa cadeia e fez uma perseguição desnecessária, onde o menino perdeu a vida”, lamentou.
Segundo o dirigente, a conduta dos agentes constitui indisciplina grave, que desembocou em crime, sendo inevitável a sua responsabilização. “Não restam dúvidas que a última posição que nós vamos tomar é expulsá-los da corporação”, garantiu.
Polícia reconhece danos à sua imagem
O vice-comandante admitiu que o caso abalou a confiança da população na PRM, reforçando que a instituição está a intensificar encontros comunitários para recuperar a credibilidade. “A população não é inimiga da Polícia, mas a nossa imagem foi altamente beliscada. Estamos a multiplicar reuniões de ligação polícia-comunidade em todo o país e a apelar para que os cidadãos denunciem os males”, frisou.
Recrutamento sem corrupção
Manda destacou ainda que o processo em curso para o recrutamento de 4 mil novos agentes não envolve cobrança de valores e advertiu que qualquer tentativa de burla ou corrupção será punida.
O caso de Bobole, que chocou o país, mantém-se sob investigação, enquanto a PRM promete medidas exemplares para reforçar a disciplina interna e resgatar a confiança pública.
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