O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) realizou, esta terça-feira (23), exercícios de prontidão na cidade da Beira, província de Sofala, com o objetivo de preparar as estruturas locais e comunitárias para a época chuvosa e ciclónica 2025/2026.
Segundo a presidente do INGD, o exercício visa testar a capacidade de resposta e reforçar a coordenação entre os diferentes níveis — distrital, provincial e central. Além disso, a iniciativa pretende envolver os Comités Locais de Gestão do Risco de Desastres, fundamentais na mobilização comunitária em situações de emergência.
As previsões climáticas para os próximos meses indicam chuvas acima do normal nas províncias de Gaza, Inhambane, Maputo, Manica e parte sul de Sofala entre outubro e dezembro. Já entre janeiro e março de 2026, há risco elevado de cheias nas bacias do Licungo e Savane, e risco moderado a alto nas bacias do Maputo, Umbelúzi, Incomáti, Save, Búzi e Púnguè.
Também foi destacado o risco de cheias urbanas em várias cidades do país, incluindo Beira, Quelimane, Maputo, Matola, Boane, Marracuene e Xai-Xai. Para mitigar esses cenários, os planos de contingência começarão a ser elaborados a nível distrital, depois provincial, antes de seguirem para o governo central.
A escolha da Beira como palco do exercício não é por acaso: a cidade foi uma das mais atingidas pelo ciclone Idai em 2019, que deixou mais de 600 mortos e milhões de afetados. Desde então, a região é vista como prioritária nos esforços de preparação e resiliência.
“Estamos a reforçar a cultura de prontidão e prevenção, para que as comunidades estejam mais seguras e capazes de reagir diante dos desastres naturais”, destacou a presidente do INGD.
Com os exercícios de simulação, o governo espera reduzir vulnerabilidades, melhorar a resposta local e evitar que eventos extremos causem tragédias como no passado recente.
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