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Ataques em muidumbe e mocímboa da praia agravam crise de segurança em cabo delgado

 

Seis pessoas foram mortas na localidade de Lipélwa, distrito de Muidumbe, em mais um episódio de violência protagonizado por grupos armados em Cabo Delgado. Entre as vítimas, duas tinham laços familiares com um dos residentes, segundo fontes locais.

Após o ataque, camponeses de Lipélwa, Ingundi e Limwamwamwa abandonaram os seus campos agrícolas na zona baixa de Muidumbe e procuraram refúgio na vila sede do distrito e no posto administrativo de Muambula. “Tem muita gente a chegar aqui na sede distrital e posto de Muambula”, relatou uma fonte.

Corpos por sepultar e medo generalizado

Os corpos das vítimas permanecem na zona baixa desde sábado, sem que os familiares consigam realizar os funerais. “As pessoas estão a apodrecer lá e não conseguimos ir enterrar porque os rebeldes continuam a matar”, lamentou um residente.

Além das mortes, os insurgentes saquearam machambas e destruíram culturas de milho, mandioca, banana e cana-de-açúcar, agravando a vulnerabilidade das famílias dependentes da agricultura de subsistência.

Novos ataques em mocímboa da praia

No domingo, a violência atingiu também a vila sede de Mocímboa da Praia, onde quatro pessoas foram mortas e uma viatura incendiada no bairro Filipe Nyusi. “Só ouvimos o barulho das armas, não sabemos ao certo donde vieram, mas mataram quatro pessoas e uma viatura foi queimada”, contou uma testemunha.

Contexto da insurgência

Desde junho, Cabo Delgado vive um recrudescimento de ataques, afetando distritos como Chiúre, Muidumbe, Quissanga, Ancuabe, Meluco e, mais recentemente, Mocímboa da Praia. Dados das Nações Unidas indicam que, apenas em julho, 29 pessoas foram mortas e cerca de 208 mil ficaram afetadas pela violência.

Em 2024, os ataques extremistas provocaram pelo menos 349 mortes no norte de Moçambique, segundo o Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS), representando um aumento de 36% em relação ao ano anterior. A maioria dos ataques tem sido reivindicada pelo autoproclamado Estado Islâmico.

Um cenário de insegurança prolongada

A insurgência armada em Cabo Delgado, ativa desde 2017, continua a provocar deslocações em massa, destruição de meios de subsistência e um sentimento generalizado de insegurança. A população pede maior proteção das forças locais para recuperar a tranquilidade e realizar cerimónias fúnebres dignas às vítimas.

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