A província de Nampula foi, esta semana, palco de dois crimes hediondos envolvendo mulheres que tiraram a vida dos respectivos maridos em circunstâncias ligadas a suspeitas de infidelidade conjugal.
O primeiro caso ocorreu no distrito de Malema, onde o delegado do Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ) foi encontrado morto dentro da sua residência, com parte do corpo carbonizado. De acordo com a Polícia da República de Moçambique (PRM), a esposa é apontada como principal suspeita. Após cometer o homicídio, terá ateado fogo à casa numa tentativa de ocultar o crime. Contudo, a perícia realizada no local confirmou que a vítima perdeu a vida em consequência de agressões físicas e não do incêndio.
O segundo episódio registou-se no bairro de Napipine, na cidade de Nampula. Uma mulher de 34 anos, actualmente detida, é acusada de ter matado o marido com recurso a um martelo, após mais uma suspeita de traição. O casal vivia junto há 21 anos e tinha seis filhos. Em declarações à televisão Miramar, a indiciada confessou ter suportado vários episódios de infidelidade ao longo do matrimónio, mas afirmou que o último ultrapassou os seus limites de tolerância, levando-a ao crime.
Face a estes acontecimentos, a PRM condenou firmemente os actos de violência doméstica e apelou às famílias para privilegiarem o diálogo como forma de resolução de conflitos, desencorajando a prática de justiça pelas próprias mãos.
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