Entre as queixas apresentadas, os trabalhadores afirmam não receber equipamentos básicos de proteção, como botas adequadas, luvas, óculos e auriculares, essenciais para minimizar riscos na atividade. Além disso, alegam que, em casos de acidentes de trabalho, a empresa não assume qualquer responsabilidade, deixando os afetados sem apoio.
Outro ponto crítico é o valor dos salários, considerados muito abaixo do mínimo necessário para a subsistência. Os trabalhadores revelaram ainda que já apresentaram diversas queixas às autoridades laborais, sem obter resposta efetiva até então.
O chefe da Inspeção-Geral do Trabalho em Sofala, ao ser contactado pela imprensa, afirmou desconhecer as denúncias. De imediato, deslocou-se à sede da empresa e, após ouvir os trabalhadores, confirmou as irregularidades.
Durante a inspeção, foram identificadas outras violações, como contratos de trabalho precários e a ausência de inscrição dos funcionários no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Como medida imediata, a Inspeção do Trabalho suspendeu as atividades da empresa até que todas as irregularidades sejam sanadas. Foi também assegurado que os casos de trabalhadores acidentados e abandonados serão analisados e que a empresa será responsabilizada judicialmente, devendo indemnizar os prejuízos causados.
A situação exposta reacende o debate sobre a fiscalização das condições de trabalho no país e a necessidade de reforçar a proteção dos direitos laborais, especialmente em setores de alto risco como a construção civil.
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