As autoridades detiveram duas pessoas no município de Pemba, na província de Cabo Delgado, acusadas de vender recibos falsificados de recenseamento militar, documento exigido no concurso de ingresso à Polícia da República de Moçambique (PRM).
De acordo com a polícia, um dos detidos era activista em campanhas de recenseamento desde 2005 e terá retido materiais oficiais, incluindo carimbos e fichas, para fabricar recibos falsos. Os documentos eram vendidos a jovens interessados em concorrer à PRM, mediante valores que variavam entre 700 e 1.500 meticais.
Durante a operação, as autoridades apreenderam ainda atestados médicos falsificados e material médico utilizado para a produção dos documentos. Ambos os detidos confessaram os crimes e permanecem sob custódia policial, aguardando os devidos trâmites legais.
O caso ocorre num momento de elevada procura pelas vagas abertas na PRM, principalmente entre jovens que não possuem a situação militar regularizada. A polícia alerta que a prática de falsificação de documentos não só constitui crime como compromete a transparência e a integridade do processo de recrutamento.
As investigações prosseguem para determinar se existem outros envolvidos na rede de falsificação.
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