As autoridades de fiscalização florestal na cidade da Beira, província de Sofala, descartaram a presença de madeira em toros nos 100 contentores retidos na última quinta-feira, horas antes de serem exportados para a China através do porto local.
Segundo o chefe do Departamento Central de Fiscalização de Florestas, Arsénio Chilengo, a inspecção física realizada ao material revelou apenas a existência de madeira serrada em pranchas, e não em toros, como havia sido denunciado.
“Procedemos à abertura dos contentores para a verificação física dos conteúdos. Isto é prancha, está escrito que é prancha. O que visualizamos no interior chama-se prancha”, afirmou Chilengo à imprensa.
Apesar da constatação, as autoridades adiantaram que as verificações continuam, com o objetivo de avaliar não apenas a natureza da mercadoria, mas também a legalidade do processo de exportação.
“A reverificação tinha esta componente que era relativa à denúncia, também, da probabilidade de existência de toros, mas também a reverificação do processo de exportação, em termos da sua legalidade. Isto também está no pacote daquilo que a equipa vai fazer sobre este processo”, explicou Chilengo.
O responsável acrescentou ainda que foi solicitada toda a documentação relacionada com o carregamento, incluindo a que se encontra em posse dos intervenientes e até da imprensa, para uma análise detalhada.
contexto
Moçambique tem reforçado o controlo da exploração e exportação de madeira, um setor marcado por denúncias de ilegalidades e perdas significativas para o Estado. A proibição da exportação de toros visa combater a exploração descontrolada das florestas e aumentar o valor agregado da madeira processada localmente.
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