Missão de paz da União Africana confirma vítimas e busca por desaparecidos continua na capital somali
Um helicóptero militar ao serviço da Missão de Apoio e Estabilização da União Africana na Somália (AUSSOM) caiu, na manhã de quarta-feira (02), no aeroporto internacional de Mogadíscio, capital da Somália, provocando a morte de pelo menos três pessoas, segundo confirmaram as autoridades locais.
A aeronave, que transportava oito ocupantes, partira do Campo de Aviação de Baledogle, situado na região de Lower Shabelle, no sul do país, e tinha como destino a capital somali. O acidente ocorreu por volta das 07h30 locais, segundo noticiou o portal African News.
O helicóptero acidentado pertencia originalmente à Força Aérea de Uganda, mas encontrava-se atualmente sob comando operacional da missão da União Africana na Somália. A missão de paz, composta por mais de 11 mil militares de países como Uganda e Quénia, tem como principal objetivo apoiar o governo somali no combate à insurgência do grupo extremista al-Shabab, afiliado à Al-Qaeda.
O porta-voz do exército de Uganda, Felix Kulaigye, confirmou que três pessoas sobreviveram ao acidente, embora com queimaduras, e foram imediatamente transportadas para uma unidade hospitalar. Entretanto, os cinco restantes passageiros continuam desaparecidos. “Operações de busca e resgate estão em curso para localizar os demais tripulantes e passageiros”, referiu a AUSSOM em comunicado.
Contexto de Instabilidade
A Somália vive sob constante ameaça do grupo armado al-Shabab, que desde meados dos anos 2000 conduz ataques frequentes contra alvos civis e militares, com o objetivo de derrubar o governo central e instaurar um regime baseado numa interpretação extremista da sharia. A presença da missão da União Africana tem sido considerada essencial para conter o avanço do grupo e estabilizar as regiões mais vulneráveis.
As causas do acidente ainda não foram divulgadas oficialmente, e investigações estão a ser conduzidas pelas autoridades militares envolvidas.
Solidariedade e Preocupação
O incidente reacendeu preocupações sobre as condições operacionais das forças destacadas para a missão na Somália, bem como os riscos enfrentados pelos militares em contexto de combate e assistência humanitária. A União Africana ainda não divulgou a identidade das vítimas, aguardando a conclusão das investigações e o contacto com os familiares.
A queda do helicóptero representa mais um revés para a missão de paz num país onde a segurança continua a ser uma prioridade crítica para a comunidade internacional.
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