A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou, na manhã desta quarta-feira (2), a morte violenta de dois dos seus agentes — um da própria PRM e outro do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) — na zona de Manduca, município da Matola, província de Maputo.
De acordo com Cláudio Ngulele, porta-voz do Comando Provincial da PRM, os agentes foram alvo de uma emboscada brutal, tendo sido atingidos com 54 tiros disparados à queima-roupa. O ataque, segundo a corporação, ocorreu num momento ainda por esclarecer e deixou também uma idosa de 78 anos ferida, que foi prontamente encaminhada a uma unidade hospitalar, onde continua a receber cuidados médicos.
“As vítimas estavam afectas à 7ª Esquadra da PRM na cidade de Maputo. Até ao momento, desconhecem-se os autores deste crime”, disse Ngulele à imprensa durante a conferência concedida hoje.
Crime ainda sem motivações conhecidas
A polícia ainda não revelou o motivo do ataque e afirma estar a seguir todas as linhas possíveis de investigação. Questionado sobre uma possível ligação com o assassinato recente de um agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), baleado no bairro Nkobe, também na Matola, o porta-voz da PRM descartou qualquer relação entre os casos.
“Não há, neste momento, elementos que liguem os dois acontecimentos”, afirmou Cláudio Ngulele, sublinhando que o Serviço de Investigação Criminal está a trabalhar para apurar os factos.
Ambiente de insegurança preocupa moradores
O episódio chocante aumenta o clima de insegurança que se tem sentido nos bairros periféricos da Matola. Moradores da zona de Manduca dizem-se assustados com o nível de violência e pedem maior patrulhamento policial, sobretudo em zonas de transporte e vias de acesso.
As autoridades apelam à colaboração da população para fornecer qualquer informação que possa ajudar na identificação dos autores deste homicídio duplo, classificado como um dos mais graves dos últimos tempos na região.
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