Navio ancorado em Xai-Xai é de origem indiana e está fora de perigo, garante Marinha de Guerra

 

Autoridades atribuem paragem ao mau tempo e reforçam que não há riscos para a segurança marítima

A Marinha de Guerra de Moçambique assegurou esta sexta-feira (19) que o navio de grandes dimensões ancorado nas águas da Praia de Xai-Xai, província de Gaza, desde o dia 15 de julho, não representa qualquer ameaça para a segurança nacional ou marítima. A embarcação, de bandeira indiana, ancorou no local devido às más condições meteorológicas que impediram a continuação da sua rota até o porto de Malta, seu destino final.

Segundo explicou o delegado da Autoridade Marítima em Gaza, o navio foi forçado a fazer uma escala técnica não programada em território moçambicano, depois de enfrentar turbulência no mar. Em resposta, a Marinha mobilizou duas embarcações para realizar operações de fiscalização e monitoria nas imediações, após registar inicialmente dificuldades de comunicação com os tripulantes.

De acordo com as autoridades, a tripulação chegou a enviar um pedido formal por e-mail ao Porto de Maputo, solicitando autorização para atracar, mas não obteve resposta. Este silêncio contribuiu para que o caso ganhasse visibilidade e levantasse suspeitas, tendo inclusive gerado alguma inquietação entre os habitantes locais e nas redes sociais.

Ainda assim, após contacto e análise da situação, a Marinha garantiu que não se trata de um caso suspeito ou ilegal. “A embarcação está apenas em trânsito, aguardando melhores condições de navegação. Não há sinais de perigo ou irregularidades até ao momento”, declarou uma fonte militar.

Contexto e cautela

A presença prolongada de navios não identificados em águas territoriais tem sido motivo de alarme em várias partes do mundo, devido a possíveis riscos relacionados com tráfico, espionagem ou acidentes ambientais. No entanto, neste caso específico, as autoridades reiteram que a situação está sob controlo e que medidas adicionais serão tomadas apenas se necessário.

A Marinha continua a acompanhar o caso de perto e apela à calma da população, sublinhando o compromisso com a proteção da soberania marítima nacional.

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