Conflito entre vendedores e polícia municipal persiste no Mercado Maquinino

 

Beira, Moçambique — 03 de Julho de 2025

O ambiente continua tenso no Mercado Maquinino, na Cidade da Beira, onde se mantém o conflito entre os vendedores informais e a polícia municipal, na sequência da tentativa de reorganização do espaço comercial. O braço de ferro, que ganhou força na última terça-feira (01), envolve comerciantes que há anos operam tanto dentro quanto fora do recinto do mercado.

Segundo relatos de vários vendedores, a presença da polícia municipal e da PRM (Polícia da República de Moçambique) foi marcada pelo uso da força e de disparos para dispersar os comerciantes que insistem em permanecer nos passeios e vias públicas ao redor do mercado. Estes afirmam que não estão a violar a lei, apenas procuram garantir o sustento das suas famílias de forma honesta.

Os vendedores mostram-se dispostos a abandonar os espaços considerados ilegais, desde que lhes seja fornecida uma alternativa viável. No entanto, rejeitam a proposta da autarquia para que sejam transferidos para o Mercado do Goto, alegando que o local é distante e com baixo movimento comercial, o que comprometeria os seus rendimentos.

Não somos contra a mudança, só queremos um lugar onde haja clientes. No Mercado do Goto ninguém vai lá comprar,” afirmou um dos vendedores entrevistados.

Apesar de tentativas de diálogo por parte da polícia municipal, os vendedores mantêm-se firmes na sua posição, exigindo uma solução mais justa e realista. As autoridades, por seu lado, alegam estar a cumprir o plano de ordenamento urbano e garantir o livre trânsito de pessoas e veículos nas áreas públicas da cidade.

Até ao momento da saída da equipa de reportagem do local, a tensão ainda se fazia sentir, com trocas de palavras e resistência por parte dos comerciantes, enquanto a polícia mantinha uma presença ostensiva na zona.

O impasse continua e a cidade observa, à espera de uma resolução que concilie a necessidade de ordem pública com a subsistência de centenas de famílias que dependem daquele comércio informal.

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