O ranking, liderado pela RwandAir, seguido da Royal Air Maroc e da Airlink (da África do Sul), reconhece as operadoras que mantêm excelência em serviços, conectividade e desempenho geral no continente. A LAM aparece à frente de nomes como a Uganda Airlines e a Air Botswana, companhias com presença sólida na aviação africana, o que evidencia o mérito da transportadora moçambicana nesta avaliação.
O relatório da Skytrax destaca que as companhias regionais exercem um papel estratégico crucial, especialmente na conexão entre grandes centros urbanos e zonas remotas ou regiões económicas emergentes, muitas vezes ignoradas por grandes operadores internacionais. Nesse contexto, a LAM tem sido um elo fundamental na integração territorial e no apoio à mobilidade dentro e fora de Moçambique.
Apesar dos inúmeros problemas enfrentados — desde dificuldades de gestão, passando por desafios operacionais, atrasos, voos cancelados e escassez de aeronaves — a presença da LAM no top 10 continental mostra que a companhia ainda tem capacidade técnica e relevância operacional para manter-se competitiva no mercado.
Este reconhecimento é visto como um marco importante para o setor da aviação moçambicana, transmitindo uma mensagem de resiliência e sinalizando possibilidades de recuperação e crescimento. A classificação pode também atrair olhares de investidores e parceiros estratégicos, fundamentais para a revitalização da empresa.
A LAM, criada em 1936, tem passado por diversas fases de reestruturação. Em 2024, iniciou uma parceria com a Fly Modern Ark, com o objetivo de recuperar a eficiência operacional e a confiança dos consumidores. A inclusão da companhia neste ranking da Skytrax pode ser interpretada como um reflexo dos primeiros frutos desse esforço.