O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, nomeou oficialmente José Condugua António Pacheco para o cargo de Director-Geral do Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE). A nomeação foi tornada pública através de um Despacho Presidencial divulgado recentemente, marcando um novo capítulo na liderança do principal órgão de inteligência do país.
José Pacheco, figura conhecida na política moçambicana, conta com uma longa e consolidada trajetória no aparelho do Estado. Ao longo dos últimos anos, ocupou cargos de grande relevância no Governo, incluindo os de Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Ministro do Interior, Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, bem como Ministro da Agricultura. A sua experiência estende-se ainda à governação local, tendo sido Governador da Província de Cabo Delgado, Vice-Ministro da Agricultura e Pescas, Director Nacional de Desenvolvimento Rural e Director Provincial da Agricultura na província da Zambézia.
A sua nomeação surge num contexto delicado para o SISE, que se encontrava sem liderança desde a morte trágica do então director Bernardo Lidimba, vítima de um acidente de viação ocorrido a 2 de Novembro de 2024, na província de Gaza. A ausência de uma liderança efectiva durante este período aumentou as expectativas quanto ao perfil e à experiência do sucessor, papel agora confiado a José Pacheco.
A escolha do novo Director-Geral do SISE parece refletir a confiança do Chefe de Estado na capacidade técnica, política e estratégica de Pacheco para lidar com os desafios da segurança nacional, inteligência e estabilidade interna. A sua passagem por pastas sensíveis como o Interior e os Negócios Estrangeiros poderá ser determinante para o fortalecimento da actuação do SISE, num momento em que o país continua a enfrentar ameaças internas e externas, sobretudo nas áreas de segurança e terrorismo, com especial destaque para a província de Cabo Delgado.
Espera-se que, sob a liderança de José Pacheco, o SISE possa reforçar a sua eficácia operacional, melhorar a coordenação com outras instituições do Estado e garantir maior segurança ao povo moçambicano num cenário regional e internacional cada vez mais complexo.
A nomeação é também vista como um sinal claro de que o Presidente Chapo pretende consolidar a sua estratégia de governação apostando em figuras com vasta experiência governativa e técnica, capazes de assegurar continuidade e estabilidade nas instituições-chave do Estado.