INGD de Nampula Reforça Apelo por Coordenação e Meios Adequados Após Desastres Naturais

 

O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) na província de Nampula lançou um apelo veemente para o fortalecimento da coordenação entre os diferentes sectores do Governo e para o investimento urgente em meios de transporte especializados, como resposta às fragilidades reveladas durante os recentes desastres naturais que assolaram a região.

De acordo com uma publicação do jornal Rigor, a delegada provincial do INGD, Anacleta Botão, sublinhou que a resposta às emergências foi dificultada por falhas logísticas e pela limitada articulação entre instituições estatais. Apesar desses obstáculos, a dirigente reconheceu o esforço e o empenho das entidades envolvidas, que evitaram um colapso total em zonas críticas.

Todos os sectores do Governo são chamados a intervir nas suas áreas específicas durante as emergências. Se não estivermos bem coordenados, o resultado pode ser o fracasso. É fundamental reforçar essa articulação”, enfatizou Botão.

Entre as principais preocupações levantadas, destaca-se a carência de meios de transporte adequados para situações extremas. A dirigente defendeu a aquisição de embarcações e veículos anfíbios como instrumentos essenciais para garantir o acesso rápido e seguro a comunidades isoladas durante períodos de cheias, vendavais e intempéries.

São ferramentas que podem fazer toda a diferença em momentos de crise, sobretudo em áreas onde o acesso por terra se torna impossível”, afirmou.

Nos últimos tempos, a província de Nampula enfrentou severos impactos causados por fenómenos climáticos adversos, como ciclones e chuvas intensas, afetando mais de 1,4 milhão de pessoas. Em resposta, o INGD tem trabalhado com diversos parceiros nacionais e internacionais para mobilizar recursos destinados ao reassentamento de populações, construção de abrigos resilientes e fornecimento de assistência humanitária.

Anacleta Botão garantiu que os erros e limitações registados durante a última época chuvosa estão a ser cuidadosamente analisados e convertidos em planos de ação concretos para o futuro.

> “Vamos reforçar os aspectos que estiveram fragilizados. O nosso objectivo é garantir que, nas próximas épocas chuvosas, estejamos melhor preparados. Já estamos a trabalhar para assegurar meios que farão diferença em termos de acessibilidade e prontidão”, concluiu.

O apelo do INGD vem reforçar a importância de uma abordagem integrada e preventiva na gestão de riscos de desastres em Moçambique, especialmente numa província vulnerável como Nampula, onde os desafios logísticos e geográficos exigem estratégias eficazes e sustentáveis.

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