De acordo com informações avançadas pelas autoridades, os suspeitos foram detidos pela 25.ª Esquadra da PRM quando se encontravam na posse de catanas, uma arma de fogo, telemóveis e perucas — parte dos bens subtraídos durante o assalto. Os detidos afirmaram exercer as profissões de cobrador e motorista de transporte público, carpinteiro e taxista.
Assalto planeado após “oportunidade do acaso”
Segundo os relatos prestados pelos próprios suspeitos à imprensa, o assalto foi motivado por uma situação fortuita. O grupo contou que passava pela residência quando o portão se abriu inesperadamente, revelando a presença de uma viatura e outros bens de valor no interior do quintal. Ao se depararem com a “oportunidade”, os criminosos decidiram planear o arrombamento.
Antes do assalto, dirigiram-se a um supermercado, onde compraram catanas. Um dos membros, motorista de transporte público, disponibilizou uma arma de fogo pessoal, facilitando a execução do roubo. Durante a invasão, os assaltantes levaram diversos objetos, uma quantia em dinheiro e um veículo, que posteriormente foi abandonado num dos arredores da cidade após ser utilizado como meio de fuga. Em seguida, os criminosos usaram um transporte semicoletivo, popularmente conhecido como “chapa”, para escapar do local.
Denúncia interna levou à detenção
A operação policial foi possível graças a uma denúncia feita por um membro do mesmo grupo criminoso que teria sido excluído da ação. Movido por retaliação, ele forneceu informações cruciais às autoridades, facilitando a captura dos outros quatro envolvidos.
Os indiciados confessaram o envolvimento no roubo, mas negam veementemente qualquer acusação de abuso sexual contra a proprietária da residência, uma alegação que chegou a circular após o crime.
Situação processual
Os quatro homens permanecem detidos na 25.ª Esquadra da Polícia na Cidade de Maputo, enquanto decorrem os trâmites legais e o processo de instrução criminal. A polícia continua a investigar se o grupo está ligado a outros casos similares na província de Maputo.
A PRM reforça o apelo à colaboração da população na denúncia de comportamentos suspeitos e atividades criminosas, sublinhando que a participação comunitária continua a ser uma das principais armas no combate ao crime organizado.