Beira, Moçambique – A recente redução das taxas de portagem implementada pelo Governo moçambicano está a gerar descontentamento entre os transportadores de passageiros na província de Sofala. Segundo os operadores, o processo foi desigual, favorecendo claramente a região de Maputo, enquanto outras províncias, como Sofala, continuam a enfrentar custos elevados que comprometem a sustentabilidade dos serviços de transporte.
Durante uma reunião realizada na cidade da Beira com representantes do Ministério dos Transportes e Logística, os transportadores expressaram o seu desagrado e frustração com a forma como as reduções foram aplicadas. De acordo com os intervenientes, a diferenciação de tratamento entre as regiões do país pode agravar ainda mais as desigualdades económicas e operacionais já existentes.
“Estamos a operar com margens muito reduzidas. Em Maputo houve cortes significativos nas taxas, mas aqui em Sofala nada mudou. Isso é injusto e desmotivador”, afirmou um dos transportadores presentes no encontro.
O Ministério dos Transportes e Logística, por sua vez, ouviu atentamente as queixas e comprometeu-se a analisar o assunto com maior profundidade. A equipa técnica presente garantiu que as preocupações dos operadores seriam levadas ao mais alto nível de decisão governamental, destacando que o objetivo do governo é promover uma política de portagens justa e equilibrada para todos os cidadãos, independentemente da região.
A portagem tem sido uma das principais despesas para os operadores de transporte rodoviário, afetando diretamente o preço dos bilhetes e a viabilidade económica das rotas interprovinciais. Com o custo do combustível a manter-se elevado e a manutenção dos veículos cada vez mais cara, os transportadores exigem medidas urgentes e equitativas que garantam a continuidade das suas operações.
A reunião na Beira é vista como um primeiro passo importante para um diálogo mais aberto entre o governo e os operadores, mas os transportadores esperam ações concretas nos próximos dias. Caso contrário, há o risco de paralisações ou aumento dos preços para os passageiros, algo que poderia impactar negativamente a mobilidade e a economia regional.
Fonte: TVmiramar
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