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Nampula: Três Detidos por Desvio e Transporte Ilegal de Medicamentos

O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Nampula desmantelou um esquema de desvio e transporte ilegal de medicamentos, culminando na detenção de três indivíduos envolvidos no transporte clandestino de mais de 465 maços de produtos farmacêuticos e material médico. O caso veio a público após uma fiscalização de rotina no posto de controlo n.º 3, que revelou o conteúdo verdadeiro da carga, inicialmente descrita como sendo peixe seco.

Entre os detidos estão dois motoristas de semi-colectivos e o suposto destinatário final da mercadoria. Segundo informações divulgadas pelo jornal Rigor, os transportadores alegam ter sido enganados, afirmando que a encomenda foi apresentada como sendo peixe seco, o que não levantou suspeitas iniciais.

Durante a inspeção, as autoridades encontraram uma grande variedade de produtos médicos, incluindo paracetamol, toucas cirúrgicas, fichas de pré-natal, agulhas, máscaras, saquetas de transfusão de sangue, seringas e testes rápidos de malária. Estes produtos, vitais para o funcionamento das unidades sanitárias, foram alegadamente desviados do distrito de Larde, situado no litoral da província de Nampula.

A porta-voz do SERNIC, Enina Tsinine, explicou que a investigação teve início precisamente no distrito de Larde. “Este caso teve origem no distrito de Larde, onde um motorista e o seu ajudante receberam uma encomenda apresentada como peixe seco. No entanto, durante a fiscalização no nosso posto de controlo, apurámos que se tratava de medicamentos disfarçados”, declarou Tsinine.

As autoridades encontram-se agora a realizar diligências para apurar a origem exacta dos produtos e identificar a unidade sanitária da qual os medicamentos foram desviados. Há ainda suspeitas de possível envolvimento de funcionários públicos no esquema, e os investigadores procuram determinar se o destino final da carga seria uma farmácia ou uma clínica clandestina.

O motorista, de 41 anos, declarou às autoridades que recebeu 350 meticais pelo transporte da encomenda e nega qualquer conhecimento do conteúdo ilícito. “O taxista entregou-nos as caixas e disse que era peixe seco. Não desconfiei, porque não pesavam. Em sete anos de actividade, nunca abri encomendas dos passageiros. Quando chegámos a Nampula, a polícia abordou-nos e permiti a revista — foi aí que encontraram os medicamentos”, disse.

O ajudante corroborou a versão do motorista, acrescentando que tudo foi tratado com base na confiança. “Ele trouxe as caixas, combinámos o valor, e garantiu que era peixe seco”, afirmou.

O presumível destinatário da carga também foi detido e encontra-se sob custódia judicial, enquanto o SERNIC aprofunda as investigações. O caso levanta sérias preocupações sobre o controle e segurança dos medicamentos nas unidades de saúde pública, além de evidenciar as falhas nos sistemas de fiscalização e transporte de mercadorias em Moçambique.

As autoridades apelam à colaboração da população para denunciar práticas semelhantes, reforçando que o desvio de medicamentos representa uma ameaça grave à saúde pública e ao funcionamento dos serviços de saúde. O SERNIC garante que todos os envolvidos serão responsabilizados judicialmente, caso se confirme o envolvimento no crime.

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