Megaprojectos impulsionam oportunidades para PMEs e geram milhares de empregos em Moçambique

 

O Ministro da Economia e Finanças de Moçambique, Basílio Muhate, afirmou nesta quarta-feira, no Parlamento, que os megaprojectos em curso no país estão a desempenhar um papel fundamental no fortalecimento da economia nacional, com destaque para a criação de oportunidades para as pequenas e médias empresas (PMEs). Durante a sua intervenção, o governante destacou que mais de 2.500 empresas moçambicanas já prestam serviços subsidiários ligados a grandes empreendimentos, o que demonstra a crescente integração das PMEs nas cadeias de valor desses projectos de grande escala.

Segundo Muhate, essa participação das PMEs representa não apenas uma diversificação da economia, mas também uma estratégia eficaz de inclusão empresarial e social, permitindo que negócios locais cresçam ao lado dos grandes investimentos. “Estamos a assistir a uma articulação cada vez mais robusta entre os megaprojectos e os operadores locais, o que tem efeitos positivos directos na geração de empregos, receitas fiscais e dinamização de outros sectores”, explicou.

Mais de 10 mil postos de trabalho já criados

O ministro informou ainda que os megaprojectos já contribuíram para a criação de mais de 10 mil postos de trabalho, beneficiando diretamente milhares de famílias moçambicanas. Com a entrada em operação do projecto de exploração de gás natural liquefeito (GNL), estima-se que mais de 25 mil empregos adicionais possam ser criados, embora esse número possa sofrer ajustes com o decorrer das operações, de acordo com as necessidades específicas de cada fase do projecto.

A resposta de Basílio Muhate surgiu no contexto de uma pergunta feita pela bancada parlamentar da Renamo, que questionava o impacto real dos megaprojectos na melhoria das condições de vida das populações. O ministro reiterou que, para além da criação de empregos e inclusão de PMEs, os grandes investimentos têm promovido transferências de conhecimento, fortalecimento institucional e melhorias nas infraestruturas locais.

Crise de combustíveis é apenas logística, diz Governo

Durante a mesma sessão, o ministro abordou a situação da crise de combustíveis que se tem verificado nos últimos meses em várias cidades do país. Reafirmou que o problema é de natureza logística e não se deve à escassez de stock. “O país dispõe de combustíveis suficientes para responder à procura interna, mas há desafios na cadeia de distribuição que têm afetado a regularidade do abastecimento”, disse.

Muhate sublinhou que Moçambique continua dependente da importação de combustíveis fósseis, uma realidade que acarreta vulnerabilidades externas. Nesse sentido, defendeu a necessidade urgente de se investir em gás veicular como alternativa energética mais sustentável, disponível internamente e capaz de reduzir os custos operacionais, especialmente no setor dos transportes.

Um futuro promissor para PMEs e para a economia nacional

As declarações do Ministro da Economia reforçam a ideia de que os megaprojectos, quando bem estruturados e integrados com o tecido económico nacional, podem representar motores de crescimento e plataformas de desenvolvimento inclusivo. A integração de milhares de PMEs nos processos produtivos dessas iniciativas e a criação de empregos demonstram que é possível alinhar os grandes investimentos com os interesses locais, garantindo que os benefícios cheguem às comunidades.

O desafio agora é garantir que o crescimento gerado por esses projectos seja sustentável, equitativo e bem distribuído, assegurando mecanismos de monitoria, formação de mão-de-obra local e apoio contínuo às empresas nacionais para que possam competir e prosperar dentro e fora das fronteiras moçambicanas.

Fonte: Notícias de Moçambique

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