Um caso chocante abalou os moradores do Município de Marracuene, em Maputo, após a descoberta de que um homem de aproximadamente 30 anos circulou durante várias horas com o corpo sem vida da sua esposa de 27 anos dentro do carro. O incidente, envolto em mistério e indignação, levanta questões graves sobre negligência, possível encobrimento e violência doméstica.
Segundo relatos da família da vítima, o casal havia saído para se divertir com amigos fora de casa, mas o marido regressou sozinho cerca de 45 minutos depois. Após se alimentar e tomar banho, segundo o seu próprio depoimento, ele teria tentado acordar a esposa, que estava inconsciente na sala da casa do casal, sem sucesso.
Foi então que decidiu levá-la ao Hospital Central de Maputo. Contudo, a unidade hospitalar recusou-se a receber o corpo sem que antes fosse apresentada uma declaração da polícia, conforme o protocolo legal moçambicano. Diante da rejeição do hospital, o homem permaneceu com o corpo da esposa no carro durante a madrugada. O mais alarmante é que ele só comunicou o falecimento à família por volta das 5h da manhã, ou seja, aproximadamente seis horas após a morte presumida da jovem.
A família da falecida está revoltada com a atitude do marido, que é acusado de ocultar as reais circunstâncias da morte e de não demonstrar qualquer urgência ou sensibilidade diante da situação. Mais grave ainda, parentes da vítima revelaram que o relacionamento do casal era turbulento, com várias discussões recorrentes. Dias antes do ocorrido, a esposa chegou a sair de casa devido a uma briga intensa com o companheiro.
Agora, os familiares clamam por justiça e exigem esclarecimentos das autoridades sobre as reais causas da morte. “Não entendemos por que ele ficou com o corpo no carro por tantas horas sem nos avisar. Algo está errado, queremos respostas”, disse um dos familiares visivelmente abalado.
As autoridades policiais já foram acionadas e prometeram investigar o caso a fundo. Enquanto isso, a população local observa com indignação e tristeza mais um episódio de possível violência doméstica e omissão de socorro, aguardando um desfecho que traga justiça e esclarecimentos para todos os envolvidos.
O caso reacende também o debate sobre a eficácia dos protocolos de emergência em hospitais moçambicanos e a necessidade de mais proteção para vítimas de relacionamentos abusivos.
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