A Frelimo, partido no poder em Moçambique, recomendou ao Governo a revisão urgente do atual modelo de política de estradas com portagem, como parte das medidas para aliviar o crescente custo de vida enfrentado pelos cidadãos. A posição foi manifestada neste sábado, durante a 47ª sessão da Comissão Política do partido.
Segundo um comunicado divulgado pelo partido, a Comissão Política sublinhou que o modelo atual de gestão das estradas com portagem tem pesado no bolso dos moçambicanos e precisa de ser reavaliado para garantir maior eficiência e acessibilidade.
Pedro Guiliche, porta-voz da Frelimo, afirmou que é imperativo que o Executivo adote estruturas de gestão mais enxutas, eficazes e rápidas, não apenas nas infraestruturas rodoviárias, mas também nos serviços básicos. "Precisamos de ter modelos de gestão mais pequenos, eficientes e céleres. A Comissão Política encoraja o executivo a implementar medidas de alívio de custo de vida, para revisão de um modelo de políticas de estradas com portagem, com o objectivo de melhor servir os moçambicanos", destacou Guiliche.
Além da questão das portagens, o partido abordou outros temas cruciais para a qualidade de vida dos cidadãos, como a estrutura de gestão do sector das águas. A Frelimo saudou o facto de o Governo ter começado a permitir que os pagamentos dos serviços básicos sejam realizados após a devida satisfação dos mesmos, em resposta às constantes reclamações da população.
Durante o encontro, a Comissão Política também incentivou o Governo a acelerar as iniciativas relacionadas com a implementação do Plano Económico e Social e do Orçamento do Estado para 2025, alinhando-as com as metas estabelecidas no Programa Quinquenal do Governo.
A sessão serviu ainda para avaliar os primeiros 100 dias de governação do Presidente Daniel Chapo, cuja liderança foi classificada como positiva pela Comissão Política do partido.
Com a pressão da Frelimo, espera-se que o Governo reveja, em breve, o modelo de cobrança nas estradas nacionais, propondo soluções que possam reduzir o impacto financeiro sobre os cidadãos, especialmente em tempos de dificuldades económicas. A expectativa é de que estas recomendações se traduzam em mudanças práticas e imediatas na vida dos moçambicanos.
Fonte: MZNews