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Desmobilizados da Renamo Suspendem Atividades em Todo o País e Exigem Renúncia de Ossufo Momade

A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) enfrenta uma das suas maiores crises internas desde o fim do conflito armado. Nesta sexta-feira, um grupo de antigos guerrilheiros desmobilizados anunciou oficialmente a suspensão de todas as atividades partidárias da RENAMO a nível nacional, exigindo como condição inegociável a renúncia imediata do presidente do partido, Ossufo Momade.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa realizada na sede nacional da RENAMO, em Maputo, que foi tomada de assalto na véspera pelos mesmos desmobilizados. Segundo João Machava, porta-voz do grupo, “todas as atividades políticas ao nível das províncias e distritos estão suspensas até nova ordem”. Machava deixou claro que os membros do partido nas bases estão autorizados a agir contra qualquer dirigente que tentar cumprir orientações oriundas de Ossufo Momade.

A tensão aumentou com a acusação direta ao líder do partido de ter supostamente "comprado pessoas" para enfrentar os ex-guerrilheiros que atualmente ocupam a sede do partido. Machava garantiu que, caso Momade renuncie ao cargo, o grupo abandonará o edifício imediatamente. “Se ele renunciar hoje, hoje mesmo deixamos este recinto. Se não, vamos iniciar outro capítulo, que não queremos detalhar agora”, afirmou.

Apesar de não especificar os próximos passos, o grupo revelou que o próximo movimento poderá envolver um assalto à residência de Ossufo Momade, situada no bairro Mateque, Município de Marracuane, província de Maputo. Segundo os desmobilizados, o líder do partido já teria abandonado a sua casa como medida preventiva, prevendo possíveis ações por parte dos antigos combatentes.

A crise ganha ainda mais gravidade à medida que outros membros da RENAMO, vindos de diferentes províncias do país, se dirigem a Maputo para reforçar o protesto. Os desmobilizados dizem estar firmes na exigência de uma única solução: a renúncia de Ossufo Momade. “Estamos preparados para todas as consequências. O nosso objectivo é a sua saída, por bem ou por mal”, alertou Machava.

Este impasse interno ameaça a estabilidade do segundo maior partido político de Moçambique, num momento em que o país se aproxima de novos ciclos eleitorais. Observadores políticos já começam a questionar se a liderança de Ossufo Momade ainda tem legitimidade entre as bases, especialmente entre os ex-combatentes que sempre foram considerados pilares da RENAMO.

Até ao momento, não houve qualquer declaração oficial por parte de Ossufo Momade. Enquanto isso, o grupo mantém a ocupação da sede e aguarda por uma decisão do líder, que poderá marcar um ponto de viragem na história recente da RENAMO.

Fonte: DW Português para África

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