Matola, Moçambique – Na manhã desta sexta-feira, o Presidente do partido Frelimo, Daniel Chapo, presidiu a abertura oficial da Terceira Sessão do Comité Nacional da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN). O evento decorre na Escola Central do Partido Frelimo, localizada no município da Matola, província de Maputo.
A cerimónia representa mais do que uma simples reunião de quadros veteranos do partido: é um momento de afirmação da continuidade histórica da Frelimo, reforçando os laços entre os antigos combatentes da luta armada e a nova liderança partidária.
Continuidade e unidade histórica
A ACLLN, como braço social da Frelimo, desempenha um papel vital na preservação da memória da luta de libertação nacional. É uma das três organizações sociais que compõem a base do partido, a par da Organização da Juventude Moçambicana (OJM) e da Organização da Mulher Moçambicana (OMM).
Na sua intervenção de abertura, Daniel Chapo destacou a importância dos combatentes na construção da nação e reafirmou o compromisso da atual liderança partidária em valorizar os ideais da independência, promovendo simultaneamente a unidade nacional, o patriotismo e a soberania.
“A história de Moçambique está entrelaçada com o sacrifício dos nossos combatentes. Esta sessão serve para consolidar a memória, reafirmar os nossos valores e projetar o futuro com base nos princípios que sempre nortearam a Frelimo”, sublinhou Chapo.
Mudanças recentes e liderança reforçada
Vale lembrar que esta é a primeira grande sessão da ACLLN após a primeira sessão extraordinária realizada em abril de 2025, onde foram introduzidas mudanças significativas na estrutura da associação.
Naquela ocasião, Carlos Jorge Siliya foi eleito novo secretário-geral da ACLLN, sucedendo a Fernando Faustino, falecido vítima de doença. Além disso, numa cerimónia carregada de simbolismo e continuidade política, o presidente honorário da Frelimo, Joaquim Chissano, anunciou a nomeação de Daniel Chapo como novo presidente da ACLLN, substituindo Filipe Nyusi, que anteriormente ocupava o cargo.
Essa transição foi vista como parte da renovação da liderança dentro do partido e das suas organizações sociais, mantendo a estabilidade e respeitando o legado dos antigos líderes.
Fortalecimento institucional
Durante a Terceira Sessão, estão sendo debatidas propostas para o fortalecimento da ACLLN enquanto estrutura de base e mobilização. Questões como o apoio social aos veteranos da luta, a preservação da memória histórica e o papel político dos combatentes no contexto atual estão entre os pontos centrais da agenda.
A presença de Chapo à frente dos trabalhos reforça o empenho da nova liderança da Frelimo em manter o diálogo aberto com todas as franjas da sociedade, especialmente com os que carregam a história da independência nacional.
Perspectivas futuras
A sessão deverá durar o dia inteiro e incluirá várias intervenções de membros séniores da Frelimo, antigos combatentes e representantes de outras organizações sociais. A expectativa é que, ao final do encontro, sejam aprovadas recomendações estratégicas para a atuação da ACLLN nos próximos anos, alinhadas com os objetivos do partido e com os desafios contemporâneos de Moçambique.
Este encontro reforça o papel da ACLLN não apenas como guardiã da memória histórica, mas também como ator ativo na construção do presente e do futuro do país, ao lado da juventude e das mulheres organizadas sob a bandeira da Frelimo.
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