De acordo com o jornal “Notícias”, o indivíduo foi surpreendido pelas autoridades quando tentava vender as pontas de marfim ao preço de 2 mil meticais por quilograma. Durante o interrogatório, o suspeito alegou que apenas atuava como intermediário, dizendo não ter conhecimento da origem do produto. Afirmou ainda que recebeu a carga na cidade de Nampula e viajou até Pemba acompanhado de um amigo – atualmente foragido – com o intuito de comercializar o material ilegal.
O plano acabou frustrado graças à denúncia de um potencial comprador, que alertou as autoridades sobre a negociação em curso. A polícia interveio na casa onde os dois estavam hospedados. “O meu amigo que conhece a origem deste marfim fugiu logo que a Polícia apareceu”, relatou o detido.
A porta-voz da PRM em Cabo Delgado, Eugénia Nhamússua, afirmou que não há dúvidas de que o detido cometeu um crime contra a biodiversidade. “Estamos a tramitar o auto para a legalização da detenção dele para passos subsequentes”, declarou.
O tráfico de marfim continua a ser uma das principais ameaças à conservação dos elefantes em África. As pontas de marfim, extraídas ilegalmente dos animais, são altamente valorizadas no mercado negro, alimentando redes criminosas internacionais e contribuindo para a dizimação da espécie. Em Moçambique, o combate ao comércio ilícito de produtos da fauna bravia é parte de um esforço mais amplo para proteger o meio ambiente e reforçar a aplicação da lei.
Este caso serve como mais um alerta sobre a necessidade de reforçar os mecanismos de fiscalização, cooperação entre províncias e campanhas de sensibilização pública para travar o comércio de marfim no país.
Fonte: MZNews