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Mais de 4.200 deslocados após nova onda de ataques em Cabo Delgado

 

A escalada de ataques terroristas no norte de Moçambique provocou, entre 25 de agosto e 11 de setembro, o deslocamento de pelo menos 4.218 pessoas em três distritos da província de Cabo Delgado, de acordo com um relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM) consultado pela Lusa.

Segundo os dados, o conflito forçou a fuga de 1.076 famílias, das quais 2.171 pessoas saíram de localidades de Muidumbe, 1.778 de Mocímboa da Praia e 269 de Montepuez. Parte destes deslocados procurou refúgio em diferentes pontos da província, com destaque para Pemba (204 pessoas), Mueda (1.049) e Palma (12).

A OIM assinala que as necessidades mais urgentes das populações deslocadas incluem alimentação, abrigo, bens essenciais e serviços de proteção.

Crescente insegurança em Cabo Delgado

Esta nova vaga de violência surge após a crise humanitária já registada em julho, quando ataques no distrito de Chiúre resultaram em mais de 57 mil deslocados. Desde então, a província tem enfrentado uma intensificação de ataques em vários distritos, incluindo Quissanga, Ancuabe e Meluco, para além de Muidumbe e Mocímboa da Praia.

Só neste mês, pelo menos dez pessoas foram assassinadas em diferentes ataques: seis em Muidumbe, a 6 de setembro, e quatro em Mocímboa da Praia, a 7 de setembro. Testemunhas relataram ainda o saque de campos agrícolas e a destruição de bens, incluindo a queima de viaturas.

Resposta do Governo

O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, lamentou os ataques e sublinhou que é papel do Estado “perseguir, retardar e travar os malfeitores” para minimizar o sofrimento da população. O Governo garantiu que as Forças de Defesa e Segurança permanecem mobilizadas no terreno, sob coordenação dos ministros da Defesa e do Interior.

As autoridades locais em Mocímboa da Praia confirmaram as mortes recentes e informaram que a ordem já foi restabelecida, com as forças armadas a perseguirem os atacantes.

Escalada de violência

De acordo com o Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS), pelo menos 349 pessoas morreram em ataques terroristas em 2024 no norte de Moçambique, um aumento de 36% face a 2023. A maioria dos ataques foi reivindicada pelo grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico.

A crise em Cabo Delgado continua a agravar a instabilidade na região, deixando milhares de famílias sem abrigo e em busca de proteção, enquanto as autoridades procuram travar a escalada de violência que já dura desde 2017.

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