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Governo aprova Plano de Recuperação e Crescimento Económico avaliado em 2,7 mil milhões de dólares

 

O Conselho de Ministros aprovou, em sessão realizada em Maputo, o Plano de Recuperação e Crescimento Económico (Prece), uma estratégia de curto e médio prazo concebida para responder aos desafios da atual conjuntura económica do país. A informação foi avançada pelo porta-voz do órgão, Inocêncio Impissa, que destacou a relevância do pacote de medidas no processo de estabilização e revitalização da economia nacional.

Segundo Impissa, o Prece prevê um investimento global de 2.750 milhões de dólares (cerca de 2.317 milhões de euros). Deste montante, 800 milhões de dólares serão destinados a fundos de apoio direto à recuperação económica, canalizados por meio de instrumentos já aprovados pelo Governo. Entre eles destacam-se o Fundo de Garantia Monetária, o Fundo de Desenvolvimento Económico Local, linhas de financiamento específicas para mitigar os impactos das recentes tensões eleitorais e a futura criação do Banco Nacional de Desenvolvimento.

 “A implementação eficaz do Prece contribuirá para restabelecer a confiança dos investidores e da população em geral, bem como acelerar a recuperação económica, criando um ambiente propício para investimentos, geração de emprego e crescimento sustentável no médio e longo prazos”, afirmou o porta-voz.

Perspetivas de crescimento económico

Com a adoção do plano, o Executivo projeta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% em 2025, ligeiramente acima da estimativa anterior de 2,4%. No horizonte da implementação, prevê-se que o crescimento alcance 6,3%, superando em 0,65 pontos percentuais as metas do Programa Quinquenal do Governo 2025-2029.

Contexto de instabilidade social

A aprovação do Prece surge após um período marcado por forte instabilidade social em Moçambique. Entre outubro de 2024 e março de 2025, o país viveu quase cinco meses de manifestações, greves e confrontos violentos, desencadeados pela contestação aos resultados das eleições gerais de 09 de outubro, lideradas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane.

Os protestos resultaram em cerca de 400 mortos, destruição de infraestruturas públicas e privadas, além de elevados prejuízos económicos. Dados da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) apontam que 955 empresas foram diretamente afetadas, das quais 51% sofreram vandalizações totais ou saques de mercadorias, com perdas superiores a 32,2 mil milhões de meticais (480 milhões de euros). A crise também resultou em 17 mil desempregados.

Reaproximação política

O cenário de violência começou a abrandar após o encontro de 23 de março entre o Presidente da República, Daniel Chapo, e Venâncio Mondlane. O encontro permitiu um acordo entre ambos para pôr fim às hostilidades, abrindo espaço para a pacificação social e para a implementação de medidas de recuperação como o Prece.

Com este plano, o Governo pretende restaurar a estabilidade, reanimar a confiança no ambiente de negócios e impulsionar a economia, criando as bases para um crescimento mais inclusivo e sustentável nos próximos anos.

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