O vice-presidente do Banco Mundial para a África Austral, Ndiamé Diop, garantiu esta sexta-feira, em Maputo, que a instituição está fortemente comprometida em apoiar os sectores estratégicos e urgentes definidos pelo Governo moçambicano, cujo potencial de investimentos pode atingir 50 biliões de dólares.
Falando à imprensa após uma audiência com o Presidente da República, Daniel Chapo, Diop destacou a agricultura, energia e turismo como pilares fundamentais para impulsionar o crescimento económico e gerar empregos.
“O Presidente partilhou connosco a sua visão para o sector agrícola, e há grandes investimentos que poderão chegar a Moçambique nos próximos anos, calculados em cerca de 50 biliões de dólares. Ele insistiu na necessidade de desenvolver agricultura, agronegócio e turismo para criar empregos, e nós concordamos plenamente. A agenda de empregos deve estar no centro de tudo o que fazemos”, sublinhou.
Segundo Diop, a audiência serviu para alinhar as cinco áreas prioritárias de cooperação entre o Banco Mundial e o Executivo moçambicano, com enfoque na criação de postos de trabalho, considerada o maior desafio do país.
A visita de Ndiamé Diop dá sequência à deslocação a Moçambique, em julho, do presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, que também discutiu com Daniel Chapo as prioridades estratégicas da parceria.
> “Estou aqui para dar continuidade ao que foi discutido pelo presidente Banga e afunilar as prioridades de cooperação. Agora, com mais clareza, queremos garantir que estas prioridades se traduzam em ações concretas”, acrescentou Diop, referindo que o Banco Mundial pretende engajar-se diretamente nos planos e projetos do Governo para identificar programas que justifiquem assistência financeira urgente.
O vice-presidente destacou ainda a importância dos corredores de desenvolvimento de Maputo, Beira e Nacala, considerados críticos para o progresso de Moçambique e da região austral do continente.
Para alcançar os objetivos, Diop sublinhou a necessidade de capacitar a força laboral, de modo a responder às exigências do sector privado e garantir mão de obra qualificada para os investimentos previstos.
Além disso, reconheceu os desafios fiscais que o país enfrenta, apontando a importância de uma gestão responsável das finanças públicas como parte integrante do processo de desenvolvimento sustentável.
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