Segundo o jornal Notícias, este é mais um de uma série de adiamentos que tem travado o desfecho do caso. Em função da ausência dos mandatários, a Sétima Secção Criminal do tribunal decidiu reagendar as audiências para os dias 12, 13 e 14 de agosto. Nesses dias, deverão ser ouvidos o Ministério Público e os oito réus.
Esquema de tráfico envolve funcionários públicos
O caso envolve uma rede composta por funcionários das Alfândegas, despachantes aduaneiros e técnicos afetos ao Porto de Maputo, suspeitos de facilitar a exportação ilegal de 2.814 quilogramas de marfim. A carga foi disfarçada em sacos de milho e teria sido encaminhada com recurso a documentação forjada.
As investigações indicam que a mercadoria foi embarcada a partir do Porto de Maputo, utilizando os dados de uma empresa-fantasma registada com identidade de um cidadão já falecido, num claro indício de tentativa de encobrimento da operação ilegal.
Impacto e expectativa
O caso é um dos mais emblemáticos em Moçambique relacionados ao tráfico de marfim, um crime que afeta gravemente a conservação da vida selvagem e a imagem internacional do país no combate à criminalidade ambiental. Organizações ambientais e sociedade civil acompanham o processo com atenção, exigindo responsabilização exemplar.
Com o novo calendário estabelecido, espera-se que as audiências ocorram sem novos impedimentos, permitindo ao tribunal avançar na busca pela verdade e pela justiça.
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