Um grupo de 16 moçambicanos, incluindo duas mulheres, vítimas de tráfico humano e trabalhos forçados na República Popular do Laos, regressou ao país nesta sexta-feira (29). O avião aterrissou no Aeroporto Internacional da Beira, trazendo de volta cidadãos que estavam em situação de exploração desde o ano passado.
Segundo o jornal “O País”, outros sete moçambicanos que integravam o grupo ainda permanecem em local incerto naquele país asiático.
Promessas de emprego transformadas em exploração
Os jovens, oriundos dos distritos de Dondo e Caia, na província de Sofala, teriam sido recrutados com promessas de emprego e melhores condições de vida. Ao chegarem ao Laos, no entanto, foram submetidos a trabalhos forçados, numa clara violação dos seus direitos humanos.
O SERNIC (Serviço Nacional de Combate ao Tráfico de Pessoas) revelou ainda não ter informações precisas sobre quando e como ocorreu o recrutamento, nem sobre o número total de moçambicanos que caíram na armadilha desde meados de 2023.
Reintegração social e apoio do governo
Para garantir a reinserção social e económica destes jovens nas suas comunidades de origem, o Governo, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), vai fornecer kits de reintegração a cada um deles. A iniciativa visa facilitar a retomada da vida normal, apoiar a subsistência e prevenir vulnerabilidades futuras.
O caso reforça a necessidade de medidas de prevenção ao tráfico humano e alerta para os riscos de promessas de emprego falsas, especialmente junto de comunidades rurais.

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