Máquina de radioterapia volta a funcionar 15 meses depois no Hospital Central de Maputo

 

Equipamento essencial para tratamento oncológico estava inoperacional desde maio de 2023

A única máquina de radioterapia existente em Moçambique retoma o seu funcionamento esta segunda-feira, 4 de agosto, no Serviço de Oncologia do Hospital Central de Maputo (HCM), após um longo período de 15 meses fora de serviço devido a avarias técnicas.

Durante esse período de paralisação, centenas de pacientes com diagnóstico de cancro em todo o país enfrentaram sérias dificuldades no acesso ao tratamento. Muitos viram os seus tratamentos adiados, interrompidos ou mesmo cancelados, o que agravou consideravelmente os quadros clínicos e aumentou o sofrimento das famílias.

Governo promete mais atenção ao setor

Segundo o Ministério da Saúde, a reativação da máquina representa “o restabelecimento da esperança para inúmeros doentes oncológicos”. A instituição reconhece o impacto negativo que a interrupção causou, mas garante que foram mobilizados recursos técnicos e financeiros significativos para a reparação completa e segura do equipamento.

Além disso, o governo adiantou que está em curso um plano para aquisição de mais unidades de radioterapia para outras regiões do país, a fim de descentralizar e ampliar a cobertura no combate ao cancro.

Pacientes voltam a ter acesso ao tratamento

Com o retorno do aparelho, espera-se uma redução significativa na lista de espera para sessões de radioterapia, que se tornou crítica nos últimos meses. A direção do HCM já começou a reagendar os pacientes prioritários e promete acelerar o ritmo dos atendimentos para compensar o tempo perdido.

Contexto e desafios

Moçambique enfrenta uma crescente incidência de doenças oncológicas, mas os recursos para diagnóstico e tratamento ainda são escassos. Até o momento, o país conta com apenas um aparelho de radioterapia para atender toda a população, o que sobrecarrega os serviços e limita a capacidade de resposta do sistema nacional de saúde.

O retorno da máquina de radioterapia representa um alívio para os doentes e familiares, mas também evidencia a necessidade urgente de investimentos estruturais no setor oncológico. O Ministério da Saúde reforça o compromisso de garantir maior resiliência ao sistema e ampliar o acesso ao tratamento do cancro em Moçambique.

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