Ramaphosa diz desconhecer razões para proposta de sanções dos EUA contra a África do Sul

 

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou esta quinta-feira que desconhece os motivos que levam os Estados Unidos da América a considerar a imposição de sanções contra o seu país e membros do Congresso Nacional Africano (ANC). A declaração surge após a comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA aprovar uma proposta de revisão das relações bilaterais entre os dois países.

A proposta, apresentada pelo congressista republicano Ronny Jackson, prevê a aplicação de sanções a dirigentes do ANC e aguarda votação em plenário, prevista para setembro, segundo noticiou a Rádio Moçambique.

Ramaphosa reagiu com surpresa ao avanço da proposta, afirmando que ainda há um longo caminho a ser percorrido até uma decisão final. “Não sabemos exactamente o que está a impulsionar tudo isso”, disse o chefe de Estado sul-africano, reforçando que o país permanece comprometido com o diálogo e a manutenção de relações diplomáticas construtivas com Washington.

 “Temos boas relações diplomáticas com os Estados Unidos da América e queremos enriquecê-las e melhorá-las”, afirmou Ramaphosa, demonstrando confiança numa resolução positiva do impasse.

O Presidente reiterou que a África do Sul continuará a manter negociações bilaterais com os EUA, abordando inclusive esta proposta de sanções, além de outras questões de interesse mútuo.

Contexto das tensões

As relações entre os dois países deterioraram-se desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca. Entre os factores apontados como origem do desconforto diplomático estão as posições da África do Sul em relação aos conflitos na Faixa de Gaza e na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, temas que têm dividido a comunidade internacional.

Além disso, Trump chegou a acusar o governo sul-africano de cometer abusos ao confiscar terras de agricultores brancos, reacendendo polêmicas sobre a reforma agrária no país.

Apesar do clima de incerteza, Cyril Ramaphosa mantém uma postura conciliadora e aberta ao diálogo, sublinhando a importância de fortalecer os laços com os Estados Unidos. A proposta de sanções, no entanto, evidencia a crescente pressão política em torno das alianças estratégicas africanas e do posicionamento de Pretória em questões globais.

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