Uma ponte pedonal localizada no bairro da Munhava, na cidade da Beira, província de Sofala, desabou na manhã desta segunda-feira (29), após ser atingida por um camião com carga excessiva. O incidente causou a interrupção do trânsito na principal artéria da cidade, a Estrada Nacional Número 6 (EN6), obrigando os automobilistas a desviarem pela antiga EN6.
Este é o segundo desabamento da mesma ponte, motivado pelas mesmas razões: veículos com dimensões superiores ao permitido tentam atravessá-la, ignorando as limitações da infraestrutura.
De acordo com o Diretor Regional da Rede Viária de Moçambique (REVIMO), Agostinho Raiva, o motorista do camião não respeitou o gabarito da ponte, que autoriza apenas a passagem de veículos com altura máxima de cinco metros. “Embateu com a ponte e criou danos. O que estamos a fazer agora é remover o tabuleiro que está danificado. Depois vai se fazer uma avaliação dos danos para se responsabilizar o automobilista”, afirmou.
Estrutura frágil ou descaso contínuo?
A repetição do colapso da mesma ponte levanta sérias questões sobre a fiscalização nas estradas moçambicanas, bem como sobre a durabilidade das infraestruturas rodoviárias. Por que veículos com cargas ilegais ainda conseguem circular livremente e colocar em risco a segurança pública? E por que uma estrutura tão vulnerável ainda não foi reformulada de forma definitiva?
O incidente coloca em evidência os desafios da gestão rodoviária no país, particularmente num momento em que várias estradas estão degradadas e carecem de manutenção urgente.
Responsabilização em curso
Tanto o motorista como a empresa de transporte serão responsabilizados pelos danos causados, segundo indicou a REVIMO. No entanto, a responsabilização pontual resolve o problema ou apenas remedeia uma situação recorrente?
Impacto no trânsito e nas populações
Com a destruição do tabuleiro da ponte, o tráfego na EN6 ficou temporariamente condicionado, afetando diretamente a circulação de pessoas e mercadorias numa das vias mais importantes do centro do país.
A população local e os automobilistas apelam para ações concretas do governo e da REVIMO, tanto na reabilitação definitiva da ponte como na melhoria da fiscalização das condições de transporte nas estradas nacionais.
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