Visitante confundiu obra icônica de Maurizio Cattelan com uma simples fruta e causou alvoroço no Centro Pompidou-Metz
Um momento de aparente inocência transformou-se em um dos episódios mais inusitados do mundo da arte contemporânea. Um visitante do Centro Pompidou-Metz, na França, comeu uma banana que fazia parte de uma valiosa instalação artística do renomado artista italiano Maurizio Cattelan — sem ter ideia do que estava prestes a fazer.
A fruta, presa com fita adesiva na parede, era o elemento central da obra “Comedian”, uma das criações mais provocativas de Cattelan. A mesma obra foi leiloada em Nova York por incríveis 6,2 milhões de dólares em 2023, e uma das suas três versões originais estava em exibição no museu francês.
Confusão artística vira manchete internacional
De acordo com a direção do museu, o homem – que não teve sua identidade revelada – passeava tranquilamente pela galeria quando avistou a banana colada na parede. Sem compreender o contexto artístico, simplesmente a arrancou e a comeu, acreditando se tratar de uma fruta esquecida ou, no máximo, parte de alguma atividade interativa.
Imediatamente, a equipe de segurança do Pompidou interveio e os curadores da exposição agiram com rapidez para restaurar a obra conforme as diretrizes do artista. Segundo o museu, a fruta é substituída periodicamente, justamente por ser perecível, o que facilitou a recomposição da instalação.
Artista reage com decepção
Maurizio Cattelan, conhecido por brincar com os limites entre o ordinário e o artístico, se pronunciou brevemente sobre o incidente. Em tom diplomático, declarou:
“Lamentamos que o visitante tenha confundido a fruta com uma obra de arte.”
A frase resume o eterno debate sobre arte conceitual versus percepção pública: quando um objeto cotidiano, como uma banana, se torna arte? E até que ponto o público entende ou aceita esse tipo de linguagem provocativa?
Sem queixa formal e sem prejuízo permanente
Apesar da repercussão, nem o museu nem o artista registraram qualquer queixa legal contra o visitante. Segundo o jornal francês Le Républicain Lorrain, o caso foi encerrado como um mal-entendido, já que o visitante não apresentou má fé e não consumiu a fita adesiva ou a casca da banana, o que contribuiu para uma solução prática e pacífica.
Uma nova mordida no debate artístico
O episódio reacende o debate sobre os limites da arte contemporânea. A obra “Comedian” já havia gerado controvérsia ao ser exibida pela primeira vez, sendo alvo de piadas, críticas e reflexões profundas sobre o valor simbólico e comercial da arte. Agora, com a intervenção involuntária do visitante faminto, a discussão ganha um novo capítulo — tão insólito quanto simbólico.
Afinal, quando uma banana deixa de ser apenas uma fruta para se tornar uma obra de milhões?
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