O Presidente da República, Daniel Chapo, defendeu, esta quarta-feira (17), o reforço contínuo das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), mesmo em tempos de paz, comparando a sua função à de cães de guarda que repelem ameaças antes mesmo que estas se concretizem.
Durante a aula inaugural do primeiro curso de Defesa Nacional, no Instituto Superior de Estudos de Defesa Tenente-General Armando Emílio Guebuza, na cidade da Matola, Chapo afirmou que a existência de forças armadas bem preparadas é um sinal de dissuasão, tal como o latido de um cão desencoraja ladrões.
“As Forças Armadas de Defesa de Moçambique funcionam como o cão numa casa. Não precisa ter ladrão para ter cão. O cão existe, exactamente, para a casa não ser roubada e assaltada”, afirmou o Chefe de Estado.
De forma clara, o Presidente alertou que não se deve esperar uma guerra para justificar o investimento nas forças armadas, rebatendo argumentos que defendem o contrário.
“Mas há quem disse que estando em paz não precisa ter forças armadas. É como quem diz não havendo ladrão não precisa ter cão. Mas não tem de se esperar ladrão para se ser cão”, reforçou Chapo.
Tecnologia como nova fronteira de ameaças
Daniel Chapo destacou também que a revolução tecnológica representa uma nova ameaça à soberania dos Estados e apelou aos militares para modernizarem as suas estratégias de defesa, recorrendo às tecnologias de informação.
“Hoje em dia, já não precisa deslocar homens armados para atacar um país. Com um simples drone, guiado por alguém a milhares de quilómetros de distância, pode-se lançar um ataque devastador”, alertou.
Para o Chefe de Estado, isso exige que Moçambique mantenha um poder militar forte, visível e credível, capaz de responder aos desafios contemporâneos da segurança nacional.
“Não precisamos esconder. É preciso todos perceberem que temos um poder militar forte”, concluiu Chapo, apelando à vigilância e prontidão permanente das FADM.
A intervenção presidencial marcou o início de um novo ciclo de formação estratégica em defesa nacional, envolvendo altos quadros civis e militares, numa iniciativa que visa alinhar Moçambique com os padrões globais de segurança e soberania.
Fonte: MZNEWS
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