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Inflação em Moçambique pode cair com novas medidas do Governo, prevê Banco Central

 

O Banco de Moçambique (BdM) prevê uma redução contínua da inflação no país nos próximos meses. Essa previsão otimista está diretamente ligada às recentes decisões do Governo moçambicano, que incluem a isenção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em produtos básicos e a redução em 60% das tarifas de portagens.

As informações foram divulgadas através do Relatório de Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação, onde a instituição monetária central detalha as projeções macroeconômicas para o curto e médio prazo. De acordo com o BdM, estas medidas estão a criar um ambiente mais favorável para conter a subida dos preços e manter a inflação dentro de um dígito, tendência que deve manter-se no médio prazo.

Fatores que contribuem para a queda da inflação

O Banco destaca que há uma série de fatores que, combinados, sustentam essa previsão. Entre eles, estão:

A estabilidade do metical, que ajuda a controlar os preços dos produtos importados.

A isenção do IVA em produtos essenciais, que reduz diretamente os custos para o consumidor.

A redução das portagens rodoviárias em 60%, o que diminui os custos logísticos e pode impactar positivamente nos preços finais de bens e serviços.

O documento refere ainda que, internacionalmente, também há sinais positivos. Espera-se a continuidade do abrandamento dos preços de bens e serviços no mercado global, o que contribui para aliviar as pressões inflacionárias internas.

Riscos e incertezas continuam presentes

Apesar das previsões animadoras, o BdM reconhece que persistem riscos consideráveis, em especial de origem interna. A instituição chama a atenção para três desafios principais:

1. O agravamento da situação fiscal, que pode limitar a capacidade do Estado em manter políticas de apoio à economia.

2. A incerteza quanto à recuperação da produção local, que ainda enfrenta dificuldades estruturais e de infraestrutura.

3. Os choques climáticos, cada vez mais frequentes e severos, que afetam a agricultura, o transporte e o fornecimento de energia.

Esses fatores, segundo o BdM, exigem monitoramento constante, pois podem ameaçar a tendência de desaceleração da inflação e impactar negativamente o poder de compra das famílias moçambicanas.

Crescimento económico moderado, com destaque para sectores primário e terciário

No que diz respeito ao desempenho económico geral do país, o BdM projeta um crescimento moderado — excluindo o setor do gás natural liquefeito. Esse crescimento será impulsionado sobretudo por:

O setor primário, que inclui a agricultura e a extração de carvão mineral.

O setor terciário, principalmente os serviços, que devem se beneficiar da retomada gradual das atividades económicas e logísticas.

A instituição nota que a recuperação da capacidade produtiva e a normalização das cadeias de abastecimento são fatores essenciais para manter essa trajetória de crescimento e evitar uma reversão do cenário positivo projetado.

O relatório do Banco de Moçambique deixa claro que, embora haja sinais positivos na economia nacional, o caminho para uma estabilidade duradoura exige cautela e atenção contínua aos riscos internos. As medidas adotadas pelo Governo são passos importantes, mas será necessário garantir a sua continuidade e eficácia para que os resultados esperados realmente se concretizem nos bolsos da população.

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