Poucas empresas em Moçambique simbolizam tanto o progresso, a soberania e o desenvolvimento como a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB). Fundada em 23 de junho de 1975, a HCB é muito mais do que uma central de produção de energia — é um verdadeiro ícone nacional. Localizada no rio Zambeze, a barragem se tornou sinônimo de poder energético, autonomia económica e orgulho do povo moçambicano.
Uma Conquista Histórica: De Volta às Mãos do Povo
Durante décadas, a HCB esteve sob domínio estrangeiro, até que em novembro de 2007, o Estado Moçambicano conseguiu recuperar o controle da infraestrutura. Desde então, o país passou a deter 85% do capital social da empresa, dando início a uma nova era de prosperidade e autonomia no setor energético.
Essa reversão não foi apenas simbólica — ela foi acompanhada de uma significativa contribuição financeira ao Estado. Entre 2007 e 2025, a HCB injetou cerca de 1,9 mil milhões de dólares nos cofres públicos, somando impostos, dividendos e taxas de concessão. Só nos últimos três anos, foram mais de 850 milhões de dólares destinados ao desenvolvimento nacional.
Energia para o Povo, Lucros para os Moçambicanos
A HCB também se destaca por sua política de inclusão financeira. Desde 2019, parte do seu capital foi colocado à disposição dos cidadãos comuns. Através de uma oferta pública de venda, 4% das ações foram adquiridas por milhares de moçambicanos, promovendo a democratização do investimento e permitindo que o povo participe ativamente dos lucros de uma das maiores empresas do país.
O projeto ainda prevê a distribuição de mais 3,5% das ações, aumentando o acesso ao mercado de capitais e incentivando a literacia financeira em todo o território nacional.
Crescimento Sustentável e Visão de Futuro
Atualmente, a HCB possui uma capacidade instalada de 2.075 megawatts, o que a coloca entre as maiores barragens do continente africano. Mas os planos não param por aí. A empresa está a investir na construção da Central Norte, que irá adicionar mais 1.245 megawatts ao sistema. Além disso, um parque solar com 400 MW também está em desenvolvimento, com apoio do IFC (International Finance Corporation).
O objetivo da HCB é ousado e transformador: atingir 4.000 MW de capacidade até 2034, consolidando Moçambique como um verdadeiro hub energético em África. A meta é que o país represente 20% da produção de energia elétrica do continente até 2040, com investimentos em fontes limpas e renováveis.
Excelência Operacional e Boa Governança
Sob a liderança do Presidente do Conselho de Administração, Tomás Matola, a empresa adotou rigorosos padrões de qualidade e segurança. A HCB já é certificada pelas normas ISO 9001 (gestão da qualidade) e ISO 45001 (segurança e saúde no trabalho), demonstrando o seu compromisso com a excelência e responsabilidade social.
Além disso, a empresa desempenha um papel importante na eletrificação rural, levando energia a comunidades remotas e impulsionando o desenvolvimento local em diversas províncias.
A HCB não é apenas uma barragem. Ela é o reflexo da capacidade dos moçambicanos de sonhar grande e concretizar. É um símbolo da independência energética, da soberania económica e do compromisso com o futuro sustentável. Para além da produção de eletricidade, a HCB está a iluminar caminhos, transformar vidas e impulsionar Moçambique rumo ao progresso.
No presente e no futuro, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa continua a ser o verdadeiro orgulho nacional.