Matola, Moçambique – O Presidente da Frelimo, Daniel Chapo, exortou esta segunda-feira os membros da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN) a intensificarem a promoção da educação patriótica entre a juventude moçambicana, visando fortalecer os alicerces do país com base nos valores da unidade, paz e soberania nacional.
Falando durante a cerimónia de abertura da 3ª sessão ordinária do Comité Nacional da ACLLN, realizada na cidade da Matola, província de Maputo, Chapo destacou a importância do papel dos veteranos da luta armada na consolidação da identidade nacional e na preservação da estabilidade conquistada ao longo dos anos.
“Esta sessão representa uma oportunidade ímpar para uma reflexão profunda sobre a situação actual do país e o papel que a ACLLN deve continuar a desempenhar na construção da pátria. Os veteranos devem liderar pelo exemplo, inspirando a juventude com valores de patriotismo, unidade e disciplina”, afirmou Chapo.
O líder da Frelimo fez questão de reconhecer a bravura dos combatentes da luta de libertação, sublinhando que a sua experiência e sabedoria são fundamentais para responder aos desafios contemporâneos, sobretudo após os episódios de instabilidade vividos recentemente em Moçambique.
Condenação às manifestações violentas
Durante o seu discurso, Chapo condenou veementemente as manifestações violentas que eclodiram no contexto pós-eleitoral de 2024, classificando-as como “ilegais, criminosas e destrutivas”. De acordo com ele, esses actos não refletiram uma contestação legítima, mas sim uma tentativa de subversão da ordem pública.
“As manifestações não tinham como causa os resultados eleitorais. A vitória da Frelimo e do seu candidato presidencial foi clara, transparente e reconhecida até pelos próprios observadores e jornalistas dos partidos concorrentes”, declarou Chapo.
Segundo dados partilhados, os protestos resultaram na morte de centenas de pessoas, milhares de feridos, além da destruição e pilhagem de bens públicos e privados. Para o presidente da Frelimo, o impacto foi mais do que físico – instalou-se um clima de medo e desrespeito às instituições democráticas.
As manifestações, convocadas pelo antigo candidato presidencial Venâncio Mondlane, prolongaram-se por cerca de seis meses, provocando uma onda de instabilidade sem precedentes em várias regiões do país.
Vitória da Frelimo atribuída à organização nacional
Chapo reiterou que o sucesso eleitoral da Frelimo foi fruto de um trabalho meticuloso e coordenado em todo o território nacional e na diáspora. Envolvendo cidadãos de todas as esferas da sociedade, o processo foi marcado por uma preparação intensa e mobilização eficiente dos militantes.
“Nenhum outro partido ou candidato conseguiu igualar o nível de organização e dedicação demonstrado pela Frelimo. Este foi um verdadeiro esforço colectivo e patriótico”, frisou.
Homenagem aos antigos Presidentes
No mesmo evento, Daniel Chapo prestou uma calorosa homenagem aos antigos Presidentes da Frelimo e da República – Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi – bem como às suas respectivas esposas, reconhecendo o contributo decisivo que deram durante o processo eleitoral.
“A sua liderança inspiradora e o seu compromisso contínuo com os ideais da Frelimo são exemplos que todos os quadros e militantes devem seguir. Obrigado por estarem sempre presentes na defesa dos interesses do povo moçambicano”, declarou Chapo.
A sessão da ACLLN abordou ainda temas cruciais relacionados à vida interna da organização, com destaque para o reforço do papel dos combatentes no desenvolvimento económico e social do país. A promoção da memória histórica, a transmissão de valores às novas gerações e a unidade nacional continuam no topo da agenda da organização.
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