O Governo de Moçambique aprovou uma nova quota para a exploração de madeira no país, que vigorará ao longo do ano de 2025. A decisão foi tomada durante a 16.ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, realizada nesta terça-feira (13) na cidade de Chimoio, província de Manica. O limite máximo estabelecido é de 485.936 metros cúbicos, representando um ligeiro aumento em comparação com o ano anterior, cuja quota foi fixada em 485.436 m³.
Segundo o comunicado de imprensa divulgado após a sessão, a medida tem como principal objetivo reforçar a exploração sustentável dos recursos florestais, em linha com as metas de conservação ambiental e de gestão racional das florestas nacionais. O Governo reitera o seu compromisso com práticas de extração que preservem a biodiversidade e promovam o uso responsável da madeira como recurso natural estratégico.
Um dos pontos mais relevantes da nova quota é a inclusão da espécie Nantchasse na lista oficial das madeiras a serem exploradas. Esta é a primeira vez que a Nantchasse é contemplada na quota anual, após ser recentemente classificada como madeira preciosa, o que evidencia o esforço das autoridades em atualizar e expandir o catálogo de espécies comerciais, com base em estudos científicos e de mercado.
A decisão surge num contexto em que Moçambique continua a enfrentar desafios significativos no combate à exploração ilegal de madeira e na implementação de medidas eficazes para a gestão florestal sustentável. Organizações ambientais e setores da sociedade civil têm pressionado por maior fiscalização e transparência no setor, apelando para políticas que equilibrem o desenvolvimento económico com a conservação ambiental.
Com esta nova quota, o Governo espera atrair investimentos formais no setor florestal, ao mesmo tempo que combate práticas clandestinas que têm contribuído para a degradação dos ecossistemas e a perda de espécies valiosas. A gestão criteriosa da quota atribuída será essencial para garantir que os objetivos traçados sejam efetivamente alcançados.
A medida será acompanhada de mecanismos de controlo e monitoramento, com envolvimento das autoridades florestais, instituições locais e operadores licenciados. A expectativa é que, com essa nova abordagem, Moçambique continue a avançar no uso racional dos seus recursos naturais, promovendo desenvolvimento económico, proteção ambiental e justiça intergeracional.
Fonte: Notícias de Moçambique
0 Comentários