Num dos momentos mais aguardados do setor empresarial moçambicano, Álvaro Massingue foi eleito, nesta quinta-feira (15), como o novo Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), sucedendo Agostinho Vuma. A eleição marca uma nova era para a organização empresarial mais influente do país.
Representando a Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), Massingue obteve uma vitória clara ao conquistar 87 votos, superando Lineu Candieiro, que ficou com 62 votos, e Maria Assunção Abdula, que obteve 12 votos. O processo eleitoral decorreu num clima marcado por grande expectativa e mobilização de membros e representantes de várias associações empresariais.
A candidatura de Álvaro Massingue foi uma das grandes surpresas do processo. Inicialmente fora da lista oficial, Massingue só foi incluído no caderno eleitoral após forte pressão dos associados, demonstrando o apoio robusto de setores significativos dentro da CTA que clamavam por mudança e renovação na liderança da confederação.
Massingue chega à liderança com o desafio de reunificar o setor privado, reforçar a parceria público-privada, e impulsionar políticas que melhorem o ambiente de negócios num país que continua a enfrentar desafios económicos consideráveis, incluindo o acesso ao financiamento, a burocracia e a competitividade das empresas nacionais.
Durante o seu discurso após a confirmação da vitória, Massingue agradeceu o voto de confiança e destacou que irá trabalhar para tornar a CTA "um verdadeiro parceiro estratégico do desenvolvimento nacional", promovendo a inovação, a sustentabilidade e a inclusão de todos os setores empresariais, com especial atenção às pequenas e médias empresas.
Com uma vasta experiência no mundo empresarial e uma ligação histórica à Câmara de Comércio de Moçambique, Massingue é visto como alguém com capacidade para renovar o diálogo entre o setor privado e o Governo, além de abrir novas oportunidades para o crescimento do tecido empresarial moçambicano.
A vitória de Massingue marca também o fim da era de Agostinho Vuma, que presidiu a CTA durante os últimos anos e deixa um legado de consolidação institucional, apesar de críticas em relação à centralização e gestão interna da confederação.
Com esta nova liderança, o empresariado moçambicano espera agora reformas concretas, mais diálogo e resultados visíveis, especialmente num momento em que Moçambique busca consolidar sua recuperação económica e aproveitar oportunidades estratégicas, como os investimentos em gás natural, agricultura e infraestruturas.
O futuro da CTA entra, assim, num novo capítulo — com Álvaro Massingue à frente e grandes expectativas sobre sua gestão.
Fonte: MZNews
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