Fonte: Carta enviada por agricultores do distrito de Mágoè, Tete
Agricultores do distrito de Mágoè, na província de Tete, emitiram um forte apelo por ajuda urgente, após a redução drástica do preço de comercialização do gergelim. Segundo um documento recebido e tornado público pelo Jornal Direto, os produtores locais expressam profunda indignação diante da decisão do governo local de estipular o novo valor de venda do produto agrícola.
A nova tabela estabelece que o gergelim será comprado a 65 meticais por quilograma, contra os 150 meticais anteriormente praticados. Para os agricultores, trata-se de uma queda alarmante, que consideram um "autêntico roubo", capaz de comprometer seriamente suas condições de vida e de produção.
“O gergelim é uma cultura fundamental para a subsistência de muitos produtores locais”, destaca o texto assinado pelos agricultores de Mágoè. Eles explicam que essa redução ignora completamente os elevados custos de produção, desvaloriza o trabalho árduo dos camponeses, e compromete investimentos feitos em mecanização agrícola e compra de insumos, como inseticidas.
A carta também alerta para os riscos mais amplos que essa medida pode trazer. A diminuição do valor de venda não afeta apenas os agricultores, mas ameaça a segurança alimentar e a estabilidade econômica da comunidade.
Diante do cenário, os agricultores pedem que o governo local reavalie urgentemente a política de preços e promova uma revisão justa, que leve em conta a realidade enfrentada no campo. Segundo eles, valorizar o gergelim é essencial para garantir a dignidade dos trabalhadores e a sustentabilidade da economia local.
O documento reforça ainda a abertura dos produtores para o diálogo, destacando que estão dispostos a colaborar e discutir soluções concretas para reverter essa situação que classificam como injusta.
Este apelo, divulgado hoje, mostra a angústia de uma comunidade agrícola que, além de lutar contra as dificuldades naturais da produção, agora enfrenta decisões políticas que agravam ainda mais o seu sofrimento.
O Jornal Direto ressalta que esta publicação baseia-se única e exclusivamente nas informações fornecidas no documento assinado pelos próprios agricultores. Até o momento, não houve resposta oficial por parte das autoridades locais, mas continuaremos a acompanhar o desenrolar desta situação.


0 Comentários