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Aeroporto Filipe Nyusi é Encerrado Após Transportar Apenas 30 Passageiros em 3 Anos


Uma promessa de desenvolvimento que se tornou símbolo de desperdício: o Aeroporto Filipe Nyusi, em Chongoene, fecha as portas após fracasso de operação
O Aeroporto Filipe Nyusi, localizado em Chongoene, na província de Gaza, sul de Moçambique, acaba de ser encerrado oficialmente após apenas três anos de funcionamento. Inaugurado em 2021 com grande pompa e expectativa, a estrutura foi inicialmente apresentada como um marco para impulsionar o desenvolvimento da região sul do país. No entanto, a realidade acabou sendo drasticamente diferente: o aeroporto movimentou apenas 30 passageiros em todo esse período, muito abaixo da previsão inicial de 200 mil passageiros anuais.
O encerramento da infraestrutura levanta duras críticas à planificação de grandes obras públicas em Moçambique. Segundo fontes locais, houve ocasiões em que os voos comerciais operaram com apenas um único passageiro a bordo, uma situação que virou meme nas redes sociais e se tornou símbolo do mau uso de recursos públicos.
Uma obra milionária com quase nenhum impacto
A construção do aeroporto de Chongoene foi financiada com apoio da China e inaugurada com o nome de Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi, em homenagem ao atual presidente da República. A obra custou cerca de 60 milhões de dólares e previa movimentar milhares de passageiros por ano, com ambições de transformar a região em um novo polo económico e turístico.
Contudo, a localização remota, a ausência de demanda real, falta de promoção turística e a inexistência de rotas atrativas para passageiros tornaram o projeto um verdadeiro "elefante branco". Diversos analistas e economistas moçambicanos já haviam alertado que o aeroporto carecia de viabilidade económica desde o início.
Governo admite encerramento e falta de procura
Segundo o Ministério dos Transportes e Comunicações, a decisão de encerrar o aeroporto foi tomada com base em relatórios de desempenho e sustentabilidade financeira. Em três anos, o número de passageiros foi tão insignificante que o custo de manter o aeroporto operacional se tornou insustentável.
O encerramento acontece sem grandes cerimônias, mas com grande repercussão nas redes sociais e imprensa, reacendendo debates sobre transparência, gestão pública e prioridades do Estado moçambicano. Moradores locais também expressaram frustração, pois acreditavam que a estrutura traria empregos e oportunidades, o que nunca se concretizou.
Falta de estudos e planeamento estratégico
Especialistas afirmam que o caso do Aeroporto de Chongoene reflete um problema crônico na administração pública: a falta de estudos técnicos realistas, ausência de análises de mercado e planeamento estratégico, que resultam em investimentos mal aplicados. Muitos apontam que o projeto foi mais político do que económico, sendo usado como ferramenta de propaganda durante os ciclos eleitorais.
O encerramento do aeroporto representa um duro golpe para a credibilidade do governo no que toca à gestão de obras públicas. O país, que enfrenta desafios como pobreza, desemprego e déficit em áreas básicas como saúde e educação, agora vê milhões de dólares literalmente "voando" sem retorno.
O que acontece agora?
Ainda não há informações claras sobre o destino das instalações e equipamentos do aeroporto. Autoridades indicam que há possibilidade de a infraestrutura ser convertida para fins militares, escolares ou para voos de emergência, mas nada foi oficializado até o momento.
Enquanto isso, a população moçambicana segue cobrando explicações e exigindo maior responsabilidade com o uso dos recursos públicos. O Aeroporto Filipe Nyusi, infelizmente, entra para a história como um dos maiores fracassos logísticos do país.
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